sexta-feira, agosto 14, 2009

Descoberta colónia de morcegos em Sintra

Mais uma vez a AES dá cartas no tema dos morcegos, aqui fica mais uma descoberta:

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A Associação dos Espeleólogos de Sintra, Gostaria de informar que foi descoberta mais uma importante colónia de criação de morcegos em Sintra.

A colónia é mais uma de “Importância Nacional” pois representa perto de um quarto da população de morcegos-de-ferradura-mediterrânica (rhinolophus euryale) da qual se conhecem menos de 1000 indivíduos em todo o nosso território, tendo o estatuto de conservação de “Criticamente em Perigo”.

A Associação dos Espeleólogos de Sintra tem tido um importante papel interventivo ao longo dos últimos 20 anos, tanto na investigação no terreno, como na sensibilização da população em geral para a problemática dos quirópteros.

Sintra conta já com dois morcegários – estruturas construídas na Quinta da Regaleira com a finalidade de albergar e monitorizar os morcegos - e começa a tornar-se num importante território para a investigação de quirópteros, tanto pela relevância da amostra já identificada – Com as maiores colónias de criação de duas espécies ameaçadas de extinção, como pela proximidade aos centros de investigação da capital - Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa e ICNB- Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, mas sobretudo pelo trabalho já desenvolvido pela Associação dos Espeleólogos de Sintra e Comissão Científica da Federação Portuguesa de Espeleologia.

A Câmara Municipal de Sintra, reconhece a importância desta investigação e tem apoiado através da Fundação Cultursintra, a investigação que está decorrer nos espaços por si geridos, entre os quais se destaca a Quinta da Regaleira e a rede de aquedutos e minas de água em Sintra.

Os morcegos assumem uma importância vital no controlo de pragas, uma vez que todas as nossas espécies são insectívoras, podendo comer até metade do seu peso em insectos numa noite, o equivalente a um humano comer 50 pizzas familiares.

Os morcegos são os únicos mamíferos que voam, orientando-se enquanto caçam de noite, por um sonar extremamente complexo e preciso. O conhecimento desta “tecnologia” tem sido utilizada pelo homem para entre outras finalidade, efectuar ecografias, tratamentos por ultra-sons e sistemas de comunicações muito evoluídos.

Foto de Dora Querido (AES)"



Foi no passado dia 5 de Agosto, em plena serra de Sintra, numa galeria de visita do Aqueduto da Regaleira. Um dos funcionários que fazia a manutenção apercebeu-se da colónia e como tinha sido sensibilizado para esta questão dirigiu-se a nós dando a conhecer o achado. Neste dia fomos confirmar que morcegos se encontravam na galeria, e depois de uma captura, pesagem, medição e fotografia, foi confirmada a suspeita.Estiveram presentes na actividade alguns elementos da AES, entre eu, o Gabriel, o Nuno e o João e outros elementos que acompanharam a bióloga Maria João.